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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Brotherband - Os Exilados

O primeiro livro da nova série


"O pequeno e franzino Hal nunca conheceu o pai, um dos maiores guerreiros que defenderam o reino de Escândia. Bem diferente dele, Hal em nada se parecia com um forte e bravo lutador, características valorizadas por seus conterrâneos, tradicionalmente valentes homens do mar. Isso e mais o fato de ele ser filho de uma escrava vinda de Araluen o tornava um estrangeiro em seu país. Mesmo sentindo-se exilado entre seu povo, havia algo que aproximava Hal dos outros garotos: o Brotherband, ou “irmãos em armas”, um conjunto de treinamentos que simulava as atividades da tripulação de um barco, com equipes que competiam entre si em testes de resistência e força e aprendiam as habilidades necessárias para se tornarem guerreiros invencíveis. Rejeitado pelos líderes dos demais grupos, Hal junta-se a seu grande amigo Stig e a outros renegados e forma o próprio time. Mas um fato inesperado vai mudar o destino dessa equipe incomum e levá-la a navegar por mares perigosos, rumo a aventuras incríveis e batalhas ferozes. Uma nova geração desafia a antiga, renegados se tornam lendas e mais uma aventura começa!"

Se você é fã de fantasia, é muito provável que já tenha ouvido falar na série Rangers: Ordem dos Arqueiros, de John Flanagan, publicada no Brasil pela Editora Fundamento. Sucesso de vendas, Rangers tornou Flanagan e seus livros mundialmente famosos, aclamados pela crítica e por leitores de diversas faixas-etárias. A trilogia Brotherband, do mesmo autor e também publicada pela Fundamento, é menos notória que Rangers, mas é incrivelmente superior em ação e aventura à esta, e faz jus ao talento já reverenciado do australiano.


Eu decidi não falar a respeito do enredo do livro, portanto, se quiser saber sobre ele, leia a sinopse acima. Tendo-o feito, vamos lá. Brotherband: Os Exilados me surpreendeu de várias maneiras. Tendo lido os 10 volumes publicados da saga Rangers, uma coisa é preciso afirmar desde já: John Flanagan não perde tempo. Em Rangers, com 12 livros no total, o autor tinha muito espaço onde divagar, tecer tramas indefinidamente e seguir num ritmo mais lento, brando, com descobertas mais graduais. Brotherband, porém, não dispõe de tanto espaço assim. É uma trilogia e o autor preciso ser mais conciso, rápido e contagiante; e faz tudo isso e mais.


Os Exilados possui o triplo de ação se comparado ao primeiro livro da série Rangers e eu me senti acuado enquanto lia, já que não esperava mesmo que Flanagan fosse conduzir a narrativa dessa maneira. Eu aguardava tudo, menos tamanha agilidade. Se esses aspectos de escrita não bastassem, há os personagens. Hal e Stig são muito cativantes. É incrível a evolução deles e do rosto do elenco durante o transcorrer da obra, e você realmente acaba torcendo por eles. Na verdade, fazendo uma comparação inevitável, Hal, como protagonista, é muito melhor que o Will ao qual fomos apresentados em Ruínas de Gorlan e nos quatro livros seguintes.


Como muito da história se passa no mar, os termos náuticos são inevitáveis. Felizmente, o glossário no início do livro, explicando cada termo, facilita a compreensão da história. Nas primeiras páginas, esperei que os termos fossem prejudicar a leitura, mas isso não ocorre. Assim, preciso elogiar novamente Flanagan por não permitir que Brotherband ficasse cansativo um só segundo. Como essa história é situada no mesmo universo de Rangers, há aparições de personagens que já havíamos conhecido e isso desperta uma forte sensação de familiaridade e nostalgia, que serve apenas para nos introduzir com mais eficácia ao livro. Afora isso, no geral, somente esse volume inicial da trilogia é superior à maior parte de Rangers e eu, sinceramente, gostaria que a série fosse mais conhecida.


Se você gosta de fantasia incríveis, piratas e personagens cativantes, não pode deixar de ler Brotherband. Você vai se surpreender. Vai torcer. E vai desejar por mais!


Muito bom!

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